quando
tua imagem chega à noite ou de madrugadinha faço da cama uma
mesa para um café a dois e escaldo teus pés cansados de viajante
com minha terna saudade e te acolho, viajante, em meu colo, para te ninar de
novo pois
eras tão menino quando afagavas os meus cabelos ruivos sem culpas óbvias
e esses medos convencionais que não mereces perder-me nem eu despedir-me
de ti por isso te preparo para voltares à casa que não habitas mas
sossega! suavemente o meu cantar o teu coração de amigo acalanta
e não temerás nem a dor nem a derrota somos apenas um porque
cantamos o amor que não morre e não arrefece. carecemos de senso,
não de explicação! |