RESUMO PARA QUEM NÃO ENTENDEU - OU PARABÉNS PARA QUEM CORRE DA CARRANCA DO CARIMBO, CARAMBA!
Edison Veiga
 
 

Dormi hora e meia. No meu sonho tinha um revólver verde e quase enferrujado com o qual eu matava todas as pessoas chatas. Matei-me.


***


Um dos gnomos acordou bravo e chutou o microfone do repórter de tevê que tentava entrevistá-lo já há três dias e fazia plantão em frente ao manicômio.

Era dou-me-em-gol mas para ele todos os dias eram segundas-fúrias. O repórter insistia que eram terças-férias ou, no mínimo, quartas-frias.

- Quinta-fora! Hoje é quinta-fora!

Eu ficava no meu canto, torcendo pra que todos os dias inclusive hoje fossem mesmo é sextas-folgas. Mas era sabido.

Todo ano era coelhinho-da-páscoa-que-trazes-pra-mim. E a gnomidade louca corria se esconder os ovos para que os ovos se mostrassem espertos rápidos e encontrassem os gnomos primeiro. Aí cada ovo se escondia onde antes houvera gnomo e a criançada doida corria pra achar-comer ovo.

Eu enganei um bobo na casca do ovo.

Então.

Lembro-me do meu bambu do qual brotei em sua ponta esquerda. Lembro que ele era mamãe e me contava historinhas pra boi e gnomo dormir cor-de-abóbora. O boi ficava cor-de-burro-quando-foge mas eu sempre de-abóbora. Diabo borá.

Não acredito em aniversários.


***


Sabe por que chato matei-me? Porque Ana dá o cu. Porque o ânus é seu. Porque licor de anis é bebida de gnomo. Porque anus voam feito urubus. Porque os anais da história não guardam memória. Porque animais!

Porque aniversário.