Dedicado a todos que conseguem olhar além do seu tempo, além de suas fronteiras, além do cotidiano. A todos que fazem da essência, um verdadeiro caleidoscópio de sentimentos reais, profundos e completamente inexplicáveis. Em suma: a todos os que amam de verdade!!!

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Quando meus olhos tiverem a chance de se ver no teu olhar, me deixarei se perder nos mistérios de tuas íris.

Quando eu rebuscar teus desenhos e partilhar tuas visões, terei descoberto uma página apenas, do que é verdadeiramente sentir.

Quando eu sentir que me acolhes, de verdade, me deixarei levar pelo embalo dos sonhos.

Não será uma viagem astral! Mas estarei entre astros e estrelas partilhando do mais belo vôo. Singrarei os oceanos desses teus olhos em busca de um reflexo.

Quando tiver a certeza de que sou eu, de que nossas íris realmente se encontraram, vou jogar âncoras e invadir a tua ilha. Vou rebuscar tuas montanhas, e me deixar levar pelas corredeiras de teus rios. Me deixarei envolver pela água morna dos teus lagos. E me perderei nos teus campos até chegar ao horizonte do teu ser. Subirei ao ponto mais alto, só para ver o céu e o mar, o tempo todo. E ainda que a noite chegue sorrateira, me encarregarei de instalar um potente farol, só para me orientar a cada jornada que eu fizer até as tuas entranhas.

Estranhas palavras bem sei! Estranhas medidas, que não sei! Estranhas frases que balbucio! Estranhas vontades de apenas te sentir! Estranhas íris, essas tuas, que a cada piscada, mudam de cor. Estranhos sóis que ocupam teu rosto, mas que brilham e me atraem, como um viajante do tempo que busca, incansavelmente, saciar sua saudade. Porque existem vidas! As que já foram e a que se vive! Mas a que virá, necessita de um acalanto, de uma luz, de um reflexo. Ainda que meu farol esteja nos confins da existência! Ainda que minha saudade seja tão estranha. Sei, e como bem sei, que, ao mergulhar em teus olhos, consigo navegar em todo o esplendor da tua alma.

Curitiba- 07 de novembro-2005