PERSEGUIÇÃO
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Bruno
Pessa
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Tudo parecia normal, quando se encontrava no número 1956 de uma avenida da qual não lembrava o nome. Mas aí tocou o celular. No visor do aparelho, uma chamada do 9156-1956. Disse alô, mas caiu. OK. Olhou no relógio. No mesmo visor, 19 horas e 56 minutos. Poxa. Achou melhor sair. Ligou o carro. No odômetro do veículo, 195,6 km percorridos e tanque quase vazio. Humm... Parou no posto, abasteceu, abriu a carteira. Bateu o olho no documento de identidade: 01/SET/1956! Mas precisava do cartão. Passou no débito. Sentiu fome, foi até a conveniência. Um lanche com refrigerante. Depois chocolate e chicletes. Total: R$ 19,56!! Voltou ao carro, partiu. Tocou o celular de novo. De novo: 9156-1956. - Ah... alô! - Pai? Já acabei, pode vir? - Ooi, filho... Ehhh, posso... Claro.... Ehhh... Qual o número daí mesmo? (fez figa) - Vou confirmar, peraí... (o pai apertou a figa) - É 1957. Tá tudo bem? - Tudo bem, tô indo. Suspirou, esqueceu e se foi. |
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