Foi
só uma vez
Uma única vez que te vi
Mas não consigo esquecer
Aquele rosto meigo
Jeito de menina pequena
De mulher ainda não madura
Foi só uma vez e não mais
Nem mesmo nos falamos
Descobri seu nome por acaso
Nem apresentado fomos
E agora?
Fico sonhando
Sonhando e imaginando
Imaginando e tentando
Tentando adivinhar por onde andas
O que pensa e o que fazes
Minha doce menina
Menina pequena
Jeito doce e meigo
Meigo e tímido
Selva ainda não desmatada
Fruta que não amadureceu
Lábios com os quais eu sonho
Corpo e escultura que queria tocar
Foi só uma vez
Mas não consigo esquecer
Seu jeito doce
Meigo e tímido
De menina suave
Brisa de uma só manhã
Fui um covarde
Estavas ali na minha frente
A menina mais bela que já vi
Mas não tive coragem
E agora choro
Choro tanto
Sofro tanto
De saudades de alguém
Alguém que nunca tive
Mas que jamais
Jamais poderei esquecer
Minha doce e adorável
Virgem desconhecida
Mata ainda não desbravada
Fonte cristalina
Da qual ninguém nunca bebeu
Eis-me aqui princesa
Teu pobre poeta apaixonado
Teu para sempre escravo
Foi só uma vez
Uma única vez
A melhor de todas
A mais perfeita e bela
Estava ali e eu
Eu fui apenas um covarde
E agora sofro
Sofro e choro
Choro e sonho
Com você
Minha menina
Razão destas linhas
Que acabo de lhe dedicar
Minha doce e adorável
Adorável e bela
Onde estiver
Perdoe-me
Mas te amo ... demais
E pra sempre
Escravo deste sentimento serei
Volta ... volta
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