OS
PARANORMAIS: O FRACOTE
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Bruno
Pinheiro de Lacerda
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(...) Quando a sondagem da morte vier, qual será o seu preço? Ei! Não me diga que você não tem um, porque é mentira! Todos nós temos um preço: uns se entregam mais fácil, outros lutam mais, mas todos têm um preço. E esse preço depende apenas da vontade de viver de cada um. Sabe o que isso significa? Isso significa que, para não ser escravo da morte, para ter um preço bem alto, você nem mesmo precisa ser um daqueles chamados de: OS PARANORMAIS! Caio e Daniela estavam na casa de Zenildo, a fim de dar uma lição e saciar o desejo de vingança deles em relação ao responsável pela separação dos irmãos. Enquanto isso, Leandro lutava contra o paranormal do isótopo do Oxigênio e, a luta não ia muito bem para Leandro... Sem poder mover os braços e com ferimentos na boca, Leandro está em sérios apuros... Leandro, dessa vez, foi atingido na boca. Vários dos seus dentes se quebraram e sua boca sangrou. Ele foi ao chão e sua energia vital ficou em 30%. A escuridão no local aumentava cada vez mais. Parecia que toda a luz, toda a vida estava sendo sugada por aquela espada das trevas. Aquele rio, antes cheio de vida e luz, agora parecia cheirar à morte e sombrio. Não, a situação definitivamente não estava boa. Cádmus zombou: _ O que houve? Não gostou do gosto do sangue? Eu farei com que você sofra muito antes de morrer! Farei você implorar pela morte! Farei você ser invadido pelas trevas e ficar em desespero, totalmente em desespero! E, então, quando você não for nem mais capaz de sofrer, eu o matarei! Hahahahahahahahahahahahahahahaha!!! Leandro, porém, ainda tinha um plano... _ Você acha que venceu, Cádmus? Você realmente pensa que será tão fácil assim? _ Leandro questionou. _ E... Não será? _ Cádmus continuou em tom de zombaria. _ Não, não será! _ Leandro retrucou, bravamente. _ E... Posso saber como você pretende me vencer? Você não pode mexer os braços, e sua boca está muito machucada... Sua energia vital está baixa... Como pretende me vencer? _ Na verdade, Cádmus, eu saí cedo demais do torneio que teve... Não tive tempo de mostrar minhas habilidades. Isso, por um lado, foi muito bom! Afinal, inimigos como você, por exemplo, não me conhecem direito. Na Planície de Atlântida, que foi o lugar onde treinei, o Mestre Magnus me ensinou coisas que você jamais sequer sonhou... E, como lá é um lugar mítico e místico, poucos conhecem e têm acesso... Bom, há uma habilidade que me permite recuperar fisicamente; isso significa que ficarei perfeitamente bom fisicamente... Isso me custará cinco pontos de vida, mas, é um custo barato, na situação em que estou, não é mesmo? Essa habilidade se chama... Leandro, então, concentrou-se e lançou: _ [Iluminação!] Nesse momento, toda a escuridão foi dissipada. O ambiente voltou a ser como antes e Leandro foi envolvido em uma bola de luz branca por alguns segundos; em seguida, a bola de luz branca desapareceu, e Leandro ficou novamente visível, sem os ferimentos de antes, ou seja, plenamente saudável. A energia vital dele, entretanto, caiu para 25%. _ Acha que isso vai te ajudar? _ Mais do que você pensa! _ Leandro replicou. _ Então, vamos ver! Quero ver você enfrentar a minha... [Espada das trevas!] _ Idiota! _ Leandro disse. _ Um golpe já sentido por mim uma vez, não fará efeito uma segunda vez! Eu vou enfrentar a sua espada das trevas com a minha... [Espada da luz!] E então, da mão direita de Leandro _ a qual estava estendida para frente _, surgiu uma espada muito brilhante, feita de luz, que voou na direção da outra espada. As duas espadas, então, chocaram-se e, desse choque, resultou uma explosão e, também, a destruição de ambas as espadas. _ Imbecil! _ Cádmus falou, com ódio. _ Eu posso recriar a espada das trevas! _ É mesmo? _ Leandro disse, em tom irônico. _ Pois saiba que isso não me assusta! _ Bom, então, veremos como você se sai contra a minha... [Espada das trevas!] E então, da mão direita de Cádmus (a qual estava estendida para frente), saiu uma espada negra, feita de alguma coisa indescritível. A espada era muito densa e parecia ser feita de pura escuridão a quem olhava... Ela absorvia toda a luz em volta de si e transformava tudo em trevas e morte. Leandro, no entanto, tranquilamente, disse: _ Tolo! Se sua espada pode ser recriada, a minha, obviamente, também pode! Avante, [Espada da Luz!]! E, novamente, da mão direita de Leandro (a qual se encontrava estendida para frente), saiu uma espada muito brilhante. A espada parecia pouco densa e parecia ser feita de luz a quem olhava. Ela jorrava luz e tornava tudo luz e vida por onde passava. E, dessa forma, o campo de batalha foi se dividindo: metade luz e metade trevas. E, quando as duas espadas se chocaram, ocorreu aquilo que sempre ocorre quando dois opostos se encontram: tudo foi anulado e uma forte explosão aconteceu. As duas espadas foram completamente destruídas e os adversários só não foram atingidos pela energia da grande explosão (a qual foi muitíssimo mais forte que a anterior), porque se abaixaram e se protegeram. Após algum tempo, os oponentes se levantaram e Leandro falou: _ Você entendeu agora, Cádmus? Sua espada das trevas já não é mais problema para mim! E... Enquanto você só tem essa espada das trevas, eu possuo outras armas! E vou acabar com você! Experimente o meu... [Canhão de luz!] Então, um canhão se materializou diante de Leandro e começou a disparar vários feixes de imensos raios de luz contra Cádmus. O paranormal do cristal de Oxan foi duramente atingido. Ele foi ao chão e sua energia vital ficou em 60%. _ Como? _ Cádmus bradou, levantando-se. _ Seu golpe não era assim! Ele não era tão poderoso! Esse canhão... Eu não o vi na sua luta contra Caio! _ É claro que não, Cádmus. Eu não usei nem dez por cento de minhas habilidades e energias contra Caio. Afinal, ele é meu amigo... Se é que você é capaz de entender isso. _ Maldito! _ E agora, eu vou dar o golpe final! Prepare-se! Leandro, então, concentrou-se, desenhou o Sol com as duas mãos e enunciou: _ Tome isso: [Réplica Solar!]! E então, aconteceu: foi como se o Sol tivesse caído em cima de Cádmus. Ah, aquilo era doloroso e terrível, ao mesmo tempo que belo e magnífico! Cádmus estava no centro do Sol, sendo atingido duramente por ele, com todo o seu calor e todas as suas explosões, com todo o seu poder. Leandro afirmou, veemente: _ Este será o seu fim, maldito! Enquanto isso, na casa de Zenildo, no quarto dele... _ Sério? _ Zenildo ironizou. _ E... Por acaso, não era isso o que você queria? _ É claro que não! _ Daniela replicou. _ Eu jamais quis ser uma paranormal! _ O... O quê? _ Zenildo balbuciou, incrédulo. _ Tudo o que eu sempre quis foi apenas ficar com meu irmão, vê-lo se tornar um grande paranormal e ser uma garota normalzinha, como outra qualquer... _ Daniela afirmou. _ Eu jamais quis ser uma paranormal! Mas, você me obrigou a isso... E eu paguei caro por suas decisões. Mas, agora, é a sua vez de pagar por suas decisões e, vou garantir que você pague bem caro! _ [Pontes de Hidrogênio!] _ Caio lançou, rapidamente, surpreendendo Zenildo, o qual foi preso pelas Pontes de Hidrogênio e não pôde mais se mover. Então, Caio disse: _ Agora, "caro" Zenildo, é hora de você pagar pelos seus crimes! Após um tempo, Caio perguntou a Daniela: _ Quer fazer as honras, irmãzinha? _ Com muito prazer! _ Respondeu Daniela, com um tom de gigantesca felicidade. Então, a paranormal do cristal de Flúor se concentrou, espalmou as mãos para cima e enunciou: _ [Cristais de neve!] Daí, vários cristais de neve, acompanhados por um intenso e forte vento gelado, atingiram Zenildo nos olhos. Zenildo sentiu uma dor intensa e perdeu a visão. Ele bradou: _ Eu sabia! Maldita garota! Eu sabia! Sabia que você faria isso! Maldita! Maldita! _ Não se preocupe, Zenildo, porque isso é temporário. _ Daniela replicou. _ Amanhã sua visão voltará, fique tranqüilo! Porém, hoje, quero que você não possa ver o que lhe atingirá. Agora... É hora de algo permanente, não é? Então, você terá o prazer de provar... O... E Daniela abriu os braços e se abaixou... Ela começou a desenhar no ar o corpo de Zenildo, de baixo para cima, com as duas mãos; o desenho era feito diante do corpo de Zenildo. Após Daniela completar o desenho, ela posicionou as mãos _ ainda com os braços um pouco abertos _ diante da cabeça de Zenildo e, então, juntou as duas mãos, entrelaçando os dedos. Por fim, ela enunciou: _ [Congelamento vital!] Zenildo sentiu como se uma energia muito importante deixasse seu corpo e fosse toda para a sua cabeça... Seu corpo, excetuando-se a cabeça, ficou todo frio, parecendo sem vida. Todavia, ele ainda podia sentir seu corpo... Como isso era possível? E... O que era aquele ataque? Daniela explicou, adivinhando a ignorância de Zenildo: _ Você não sabe o que aconteceu, não é? Bem, eu vou te explicar... Eu concentrei toda a sua energia vital e toda a sua vida na sua cabeça, Zenildo. Isso significa que você não poderá morrer, a não ser que sua cabeça seja destruída. Entretanto, você sentirá a dor sempre que alguma parte do seu corpo for atingida e danificada. E, se alguma parte for destruída, você sentirá eternamente a dor dessa perda. Legal, não é? Zenildo nada disse. Daniela, então, falou: _ Acho que agora é sua vez, Caio. _ Sim... _ Caio disse. _ Bem, meu ataque também será permanente... Sabe, Zenildo? Você usou muitas vezes sua energia para fins malditos. Agora, porém, isso acabará! Colocarei um fim nisso! Meu ataque encerrará sua vida como um paranormal! Prepare-se para a... Caio lançou as mãos para o ar e foi, aos poucos, baixando as mãos, até tocar o chão com as duas. Então, ele enunciou: _ [Submissão de energia!] Zenildo, então, sentiu seu poder sair do seu controle. Caio explicou: _ Agora, Zenildo, você só poderá lançar sua energia quando eu autorizar. E, levando-se em conta tudo o que você fez com sua energia contra mim, esqueça que um dia você foi um paranormal! Agora, é claro, vamos a uma parte mais dolorosa. Você terá o prazer de provar... Da... E Caio estendeu a mão direita para frente e lançou: _ [Força e energia!] E Zenildo foi atingido duramente: a energia vital dele ficou em 90%. _ Bom, de minha parte, está bom. Daniela? Há mais alguma coisa que você queira fazer com ele? _ Caio perguntou. _ Oh, é claro que sim! _ Daniela respondeu. _ Agora é hora do show! E, então, um verdadeiro massacre começou. _ [Ondas de pedras!] _ Foi o primeiro ataque de vários outros lançados pela paranormal do cristal de Flúor contra o indefeso Zenildo. Daniela lançava vários ataques e Zenildo gritava de tanta dor, mas a energia vital dele permanecia a mesma, uma vez que a paranormal não atacava a cabeça do seu adversário. Até mesmo Caio se assustou com a cena, porque ele próprio jamais conseguiria fazer metade daquilo com Zenildo. Sim, ele mataria o inimigo, mas torturá-lo daquela maneira? Não, isso o paranormal do cristal de Hidrogênio não faria. Entretanto, ele não interferiria na luta... Não interferiria, não fosse uma sensação estranha que sentiu... Ele sentiu a energia vital de Leandro baixar demais e, sentiu também uma sensação estranha, como se Leandro precisasse dele. Caio, então, disse: _ Dani? _ Sim? _ Respondeu a garota, parando seus ataques contra Zenildo. _ Preciso ir agora... Parece que Leandro está em apuros, parece que ele precisa de mim. Mas... Você pode ficar à vontade aí, tudo bem? _ Não, Caio _ Daniela contrariou _ eu irei com você. _ Vamos, então. _ Caio disse. _ Você teve sorte, Zenildo... Agradeça aos Céus por isso. _ Daniela disse ao adversário. _ Bem, vamos, então. _ Ela concluiu. E, quando os irmãos estavam saindo, Zenildo disse, fracamente: _ Você, Daniela, é escrava do ódio... Você não será uma boa pessoa, enquanto for escrava do ódio... Seu... Seu irmão sabe disso, mas não dirá nada a você, porque é seu irmão... Mas... Você ouvirá isso novamente, eu sei que sim! Voltando à luta de Leandro... _ Esse é o seu fim! _ Leandro afirmou de novo, enquanto Cádmus sentia o poder do ataque "Réplica Solar". Entretanto, após algum tempo, todo aquele Sol desapareceu. Cádmus parece ter, de alguma forma, conseguido anular aquele Sol. Muito embora as coisas tenham voltado ao normal, Cádmus foi ao chão, esgotado, e sua energia vital estava agora em apenas 20%. Depois de alguns segundos, Cádmus se levantou e disse: _ Muito bem, Leandro! Você fez um ótimo trabalho, mas, como eu já disse antes, você não conseguirá me matar, porque não tem instinto assassino. Eu, por outro lado, sim, tenho de sobra! Além disso, você não é o único que tem surpresas... Hahahahahahahahahahahahahahahahaha!!! Meu próximo ataque, Leandro, não só o matará, como também me devolverá toda a energia vital que você tirou de mim! Você tem a réplica solar, não é? Pois eu tenho algo parecido, só que bem mais sombrio... Você vai ter o prazer de provar... A... E Cádmus cerrou os punhos e fechou os olhos, enunciando, em seguida: _ [Réplica do inferno!] E de repente, Leandro se encontrou em um caldeirão fervente, cercado por trevas, fogo e criaturas horrendas! As criaturas possuíam rostos desfigurados, pelos por todo o corpo, um tronco exageradamente volumoso e extenso, quatro patas e dois enormes braços, uma espada na mão direita e uma lança na esquerda. As mãos dessas criaturas eram podres, as patas gigantescas e gordas e o cheiro que tais monstros emanavam era o do sangue e da morte, os quais cobriam os corpos dessas criaturas malignas. O fogo do inferno, assim como todos aqueles monstros, atacou Leandro de uma vez. E o ataque teria extinguido Leandro da existência do universo, corpo e alma, não fosse um fortíssimo golpe lançado contra Cádmus; o paranormal do cristal de Oxan foi, então, obrigado a cancelar seu ataque, a fim de se defender contra um segundo golpe, mais forte que o primeiro, lançado contra ele. Cádmus, então, virou-se na direção dos golpes e questionou: _ Quem está aí? _ Eu! _ Caio respondeu, com fúria na voz. _ Eu sou Caio, o paranormal do cristal de Hidrogênio! E farei você pagar pelo que fez a Leandro! _ Não, Caio, deixe esse imbecil comigo. _ Uma voz disse. _ Quem é você? _ Cádmus perguntou, àquela voz sem imagem. Então, Cádmus viu uma garota, a qual respondeu: _ Eu sou Daniela, a paranormal do cristal de Flúor. _ Mas... Quero fazer esse idiota pagar pelo que fez a... _ Caio tentou protestar, mas foi interrompido pela irmã. _ Não se preocupe, Caio, farei com que ele pague bem caro! Aliás, farei com ele bem mais do que você faria... E, também, aquele fracote ali _ disse Daniela, apontando para Leandro _ precisa muito da sua ajuda. _ Eu... Não... Sou... Fracote... _ Leandro protestou. Entretanto, os fatos contrariavam a afirmação do paranormal do cristal de Oxigênio. Só aquele milésimo de segundo de contato com o golpe de Cádmus foi suficiente para deixar a energia vital de Leandro em míseros 5%. Daniela retrucou: _ Cale-se! Você foi o único dentre nós que não conseguiu vencer o paranormal do isótopo do seu cristal! E olha que esse cara aí é dos mais fracos que eu já tive o desprazer de encontrar! _ O quê? _ Cádmus não acreditou no que ouvia. _ Eu não... _ Leandro tentou dizer, mas Daniela o interrompeu, bruscamente. _ Cale a boca, paranormal de quinta categoria! Poupe o restinho de energia inútil que, felizmente, você tem a sorte de ainda ter com você! Afinal, nada do que você diga poderá provar que você não é um fracote, porque é isso mesmo o que você é! Agora... Caio, sugiro que você leve seu amigo para o hospital, antes que ele morra. Eu cuido desse idiota aqui! _ Daniela falou, apontando para Cádmus. _ Tem certeza de que você quer lutar contra esse cara aí sozinha? _ Caio perguntou. _ Sim, eu tenho. E... Leandro precisa de você, Caio; então, vá lá ajudá-lo! _ Daniela falou. _ Bom, então, tudo bem... Vou ajudar Leandro. _ Caio aceitou a sugestão da irmã, porque sabia que era verdade: Leandro não estava bem. Então, Caio pegou Leandro e o levou ao hospital. Cádmus virou-se para Daniela e perguntou: _ Então, você acha que pode me derrotar, garota? _ Eu não acho, tenho certeza! _ Daniela respondeu. _ Bem, vamos ver, então! Eu vou acabar com você! Sinta o terror da minha... E Cádmus lançou: _ [Espada das trevas!] Daniela segurou a espada das trevas com a mão direita. Cádmus, então, disse: _ Idiota! Acha que segurar a minha espada vai salvar você? Agora, garota, você não poderá mexer a sua mão direita! _ Sério? _ Zombou Daniela. _ E... Como então você explica isso? E Daniela mexeu a mão direita normalmente, movendo a espada de um lado para outro, após, claro, virar a espada e apontá-la para Cádmus. _ Como...? Como é possível? _ Cádmus questionou, incrédulo. _ Agora, eu estou curiosa... _ Daniela prosseguiu, irônica como quase sempre ela era... _ O que essa espada faz? O que aconteceria se, por exemplo, eu a lançasse contra sua perna direita? Bem, vamos fazer o teste, não é? E Daniela lançou: _ [Retorno da maldição!] E a espada das trevas voou rapidamente e atingiu a perna direita de Cádmus, a qual ficou paralisada. Cádmus foi ao chão e a energia vital dele ficou em 90%. _ Maldita! _ Bradou o paranormal do cristal de Oxan. _ Maldita! Eu vou acabar com você! Prove, então, da... [Réplica do inferno!] E, novamente, aquele cenário foi montado. Entretanto, nem o fogo nem as criaturas atacaram. Cádmus não entendia. Ele pensava: _ "Como isso é possível? Não pode! Não pode estar acontecendo! Por que as criaturas não atacam? Por que o fogo não ataca? Por que o inferno não a afeta?" Ele balbuciou: _ Não, não pode ser! Por quê? Por quê?! _ Esse é o que você chama de inferno, Cádmus? _ Daniela questionou, com falso tom de decepção na voz. _ Bem, eu acho que você não conhece o inferno... _ O quê? _ Cádmus perguntou, incrédulo. _ Mas, não se preocupe, eu lhe mostrarei como ele é! _ Daniela concluiu, veemente. Então, com um leve movimento de mãos, todo aquele cenário _ com trevas, fogo e criaturas _ foi extinto. _ Não! _ Exclamou Cádmus, sem acreditar no que seus olhos viam. _ Não pode ser! Impossível! E Daniela, ignorando os murmúrios do adversário, lançou, impiedosa: _ [Cristais de neve!] E vários cristais de neve, juntamente com um vento intenso, forte e gelado, atingiram Cádmus. A energia vital dele caiu para 50%. E ele gritou de dor e, em seguida, bradou: _ Não, não pode ser! Eu não consigo mover meu corpo! Droga! Daniela prosseguiu com seus ataques: _ [Força Cortante!] E Cádmus foi atingido. Suas pernas foram cortadas primeiro, mas ele nem teve tempo de sentir direito a dor, porque seus braços foram dilacerados e cortados logo em seguida. Seu corpo, após pouco tempo sob aquele ataque, ficou irreconhecível. Os gritos de dor de Cádmus eram intensos e extremamente altos, mas não pareciam afetar Daniela. Cádmus pensou: _ "Sim, esse é o meu fim... Essa garota não é como os outros, ela tem instinto assassino, ela sabe ser cruel.". _ Acaba... Logo... Com isso... _ Cádmus pediu. Afinal, qualquer coisa seria melhor que aquela dor, não é? _ Por que eu faria isso? _ Daniela perguntou, friamente. _ Você não merece! Agora... Eu vou torturar também a sua alma! [Corte sobrenatural!] Se a dor dos cortes físicos era gigantesca, ela não chegava a um milésimo do que Cádmus sentia agora. Apesar de, fisicamente, ele não sofrer nem um arranhão, o sofrimento dele era terrível! _ "Não, essa garota não tem só instinto assassino, ela é cruel e má mesmo"... _ Cádmus pensou, em meio a gritos ensurdecedores de dor, os quais ele emitia veementemente. A energia vital de Cádmus agora estava em apenas 1%. Ele já nem mais era capaz de gritar ou sentir dor... Então, ao longe, ele ouviu uma voz que dizia: _ E agora, Cádmus, acabarei com você! Farei do seu corpo apenas pó! Vá para o inferno e o conheça, infeliz! [Ondas de pedras!] E foi isso: o corpo de Cádmus era nada mais que pó e sua alma provavelmente estava despedaçada. É sempre assim, não é? "Do pó viemos, ao pó retornaremos". A crueldade não é como a bondade. A bondade é uma dádiva, concedida a todos nós pelo criador do universo. A crueldade, por sua vez, é parte daqueles que são escravos do ódio. A bondade nos traz vitórias e alegrias... A crueldade nos traz vitórias às vezes, mas também nos impede de alcançar nossos sonhos, porque ela nos nubla a visão e, daí, não sabemos mais o que é nosso sonho e o que é delírio de um louco. Ser bom é ser ser humano, mas ser cruel é somente isso: ser cruel. E por falar em crueldade, em algum lugar obscuro, três pessoas sentiam a morte de Cádmus. David, uma dessas pessoas, falou a Vitória, outra delas: _ É hora, Vitória! É hora da batalha final! _ Sim, é. _ Vitória concordou. _ Muito bem! Eu e Amanda pegaremos Caio e Daniela e, você ficará com Leandro! _ Sim. _ Vitória concordou. _ E eu vencerei! Hahahahahahahahahahahahahahahahaha!!! A batalha final se aproxima. Será que Daniela será um dia capaz de ver além de sua crueldade? Será que Leandro será capaz de vencer seu próximo oponente? Será que Caio será capaz de derrotar David? Será que o amor é mesmo capaz de vencer o ódio? (continua) |
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