Ninguém
manda em mim
Sou livre, liberta
E quando tropeço, eu caio ereta
Falar mal de mim ?
É ser generoso !
Eu sou um estopim
Sou farpa, sou fogo !
Nem pensem que algo me possa deter
Pois antes que tentem
Eu faço saber:
Fico onde quero
Faço o que penso
Mas sou responsável
Meu riso é amável
Alegre, amiga ...
Mas é minha; só minha a minha vida !
E a inveja grassa ...
Nos pobres coitados
Que vivem seus dias
Tão aprisionados
Eu sei criar elos
Cuido de meu ninho
Pois sou desse mundo
Eu sou passarinho !
E por eu ser livre
Aviso de logo:
Pra ser meu amigo
Entenda-me o jeito
Dispenso o perfeito
Prefiro as risadas e as gargalhadas
Não sou mentirosa
Assumo defeitos
E sou, sim, bem prosa
Que saibam também:
Não engano ninguém
Porque minha língua
Nasceu destravada
E minha estrela
É a mais dourada !
Acharam esnobe ?
Pra mim, tanto faz !
Mas fica o aviso
De novo, repito
Falem-me à vontade
É tudo mentira; é tudo verdade
Vale relembrar que sou passarinho
Eu bato as asas, eu salto fora das armadilhas
Por isso, esqueça-me
Se você é um caçador
Porque você vai perder ...
Eu ? Eu ganho sempre !
Porque ninguém manda em mim
E tem mais, mais, tem mais, sim !!!
O arco-e-flecha é meu
Quem caça sou eu
Até porque esse poema libertário
É assinado por meu Ser de Sagitário
(do
livro POR ARTE DE MAGIA)
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