Quem
disse que os sonhos
Não sofrem?
Não sentem nenhuma dor ao serem renegados...
Despedaçados, recortados e colados nos quadros
De qualquer memória como meras lembranaças.
Sentenças
repletas do vazio, do hiato largo e
Derradeiro do que um dia foi meta, plano, projeto,
Anseio, desejo perdido.
Perdido?Será?
Creio que não e não só creio!
Vejo outros realizando sonhos que um dia foram meus e sorriu!
Claro que está que não são exatamente como eu os
concebi muito, muito tempo atrás.
E por que haveriam de ser?
São sonhos transformados pelos tempos de hoje.
Pelas vivencias próprias de cada um.
Nesse
todo singular de tão plural que uns chamam de humanidade e outros,
bem,
Outros dizem que os sonhos nada sentem.
Não choram, não amam, não sentem dor ou ódio.
Mas ás vezes, só de vez enquando, pego-me pensando
Nas tantas coisas que tentei realizar e não consegui!
Pergunto-me, então, se não são os sonhos tentando
reencontrar
O caminho de minha mente, meu coração, minha alma.
Num
misto de saudade e ansiedade de ver aquele brilho em meus olhos cansados
Mais uma vez!!!
Ah...deixa isso de lado, falo para mim mesmo.
Esse tempo já foi...sim, já foi e dele ficaram só
vestígios.
Contudo, por mais que tente renega-los eles não se deixam abater.
Estão lá, mais uma vez.
Sonhos teimosos, sonhos de quem luta para aprender á não
sonhar mais.
Cabe em toda vida algum grau ou tipo de satisfação e isso
consiste a tal e
Tão procurada, cobiçada, felicidade.
Deixei
o tempo passar, descobri tarde que já não dá mais
Para ser astronauta e ir a lua.
Mais ainda dá para sorrir quando se vê na televisão
que se descobriu
Água em Marte.
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