As linhas do momento envolveram-no ao ambiente dos móveis e objetos a lhe indicar o tempo passando nas entrelinhas do corpo.

Vestígios marcados no mistério dos sentimentos. Lembranças poluindo as fibras da memória ao esgarçarem-se os minutos de sobrevivência.

Correr no aflito passos demarcando os limites dos abraços e beijos esquecidos nas esquinas diluídas pelo prazer.

As lágrimas das estrelas não chegam até ele, no entanto ele as sente como se fosse suas lágrimas.

E cada lágrima é uma história da vida em que se aprofundou perdido nas brumas do incerto e do certo.

Hoje não sabe mais distinguir o lado positivo da pele que lhe toca.

Necessita sentir a pele estranha tocando a sua, necessita e, à caça, saí pela noite afora se deslumbrando a cada aventura surgida inesperadamente.

Despedaça-se entre os monolíticos sentir a pele queimando as manhãs.

Despedaça-se mas não desistirá na busca do padrão amoroso que lhe dará a paz necessária em ser feliz.

As linhas do momento envolvem-no preguiçosamente ao perceber sua concretude demarcando seus passos e criando seus instantes.

Tudo depende da percepção olfativa dos pés a conduzirem ao infinito do ser que ele um dia encontrará e lhe fará eternamente feliz.