Gonzaguinha canta. Gonzaga pai acompanha com o seu famoso acordeom. Sem perceber, permito o meu sentir viajar e o hoje simplesmente deixa de existir.

Flashs saltitam a minha frente. Volto a um inesquecível momento que se faz presente na minha memória.

Com o olhar brilhando de inocência juvenil, transpiro a felicidade de poder compartilhar o lugar que até então era só meu.

As estações querem participar!

Flores se abrem fora de época. O vento ecoa espalhafatosamente. A garoa se aproxima, dá o ar da graça, e segue adiante.

As pedras, minhas silenciosas companheiras, brilham. Parecem em festa...

O calor, que incendeia os corações enamorados da natureza, convive harmonicamente com o frio que também quer fazer parte daquele instante.

As palavras tornam-se supérfluas.

Basta o sentir!

E quando se acredita ter chegado ao ápice do momento, surge a lua cheia, radiante no sem tom alaranjado.

Como um presente dos céus, majestosa, aproxima-se para abençoar a união das almas e eternizar aquele doce ritual de magia...