É
cedo o inverno ainda Nebuloso, eu, céu lamento: Minhas
vestes têm cor de lama esse manto, fosco e cinzento logra insípido
o firmamento e sombreia a jornada infinda ... Viventes,
não olhem pra cima ! Ei, Anjos! Pintem meu véu ! De
azul meu e dos mares, De cristais; de azul da Lua, que uns dizem ser prateada Outros,
acreditam-na dourada ... Eu,
de alma azul, a percebo duma cor fria e iluminada, duma tonalidade azulada, que
em meu espaço recebo Distraído
por breve momento, segundei a urgente demanda: Céus ! Tirem-me essa
cor-de-cimento ... Devolvam-me minha cor-de-lavanda ! |