POBRE DE QUEM
Virginia Pinto
 
 

Pobre de quem
se aproveitou do momento de bobeira,

de quem se dedicou sem fronteira
a amor falso de interesseira,

e se balançou por alguém
que não tinha eira, nem beira.

Triste de quem
rolou ladeira abaixo na rabeira,

de traição, mentira e brincadeira
fazendo pouco de quem não mata,
mas sabe esperar pra ver, a derradeira.