Perambulando
pelas ruas sem direção, Olho para as varandas na multidão, Onde
pessoas aparentemente sem intenção, Agem como aves enjauladas
em uma prisão, Fugindo da violência que causa a destruição, Da
atual fauna, flora e população. Olhando
para o céu vejo só poluição, Que sem pedir licença
penetra em meu pulmão, Fazendo-me pensar em uma oração, Que
possa conscientizar toda a população, Da atual força que
Deus, através do coração, Mostra sobre sua criação. Aparentemente
só os mentecaptos entendem a distorção, Que a alma triste
traz em forma de imagem à visão. Mas as crianças tentam
se esconder na densa ilusão, Fugindo assim da realidade que é
passada pela sociedade em vão. Já os velhos, cansados, jogam
xadrez na praça sem emoção, Por serem excluídos
das atividades sociais e da comunicação. A
arte que se faz em baixo do pontilhão, É a obscuridade fatal
da imaginação, Que se expande de forma banal em um "pastelão", E
que invade nosso cérebro em forma de canção. Já
o Masp, eterno marco de concentração, É o belo arranha-céu
que esconde a cultura do "povão". É
decepcionante ver uma criança com infecção, Deixada como
um indigente no chão. E um hospital, que sem qualquer atenção Ou
qualquer, por mísera que seja, medicação, Amenize a agonia
que sem razão, Atinge o pobre quase em "extinção". Todos
animais deveriam ser como o rei leão, Para assim se safar da podridão, Que
cerca a mente doentia e sem imaginação, Dos caçadores
mercenários que sempre em ação, Destroem sem dó
nem piedade uma criação, Do Divino ser que morreu em prol de
sua salvação. Essa
sociedade hipócrita e cheia de ambição, Destrói
sua imagem a cada temporão, Pois, por mais pompa que exista na aparição, A
classe alta, com rara exceção, Tem contribuído para a
total destruição, Daquela que faz parte : a sua nação.
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