A SITUAÇÃO POLÍTICA BRASILEIRA
Cleonice Félix
 
 

Atualmente, o clima de descontentamento com a situação política brasileira está se tornando uma "calamidade pública".

Em todos os lugares, o que mais se ouve são reclamações e mais reclamações sobre os problemas que estão surgindo: a vio- lência, a corrupção, a "venda do Brasil aos capitais estrangei- ros", a falta de emprego, de moradia e outros problemas mais. E como não poderia deixar de ser, encontra-se sempre um "bode ex- piatório" e nesses casos, a "culpa" é sempre apregoada ao Presidente da República ou ao(s) Governador(es) do(s) Estado(s).

Cabe a nós, seres humanos que se dizem cristãos, uma refle- xão muito séria a este respeito.

Podemos dizer que as responsabilidades e os graus de "impor- tância" seguem a seguinte escala: Presidente da República, Vice-Presidente, Ministros, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Prefeitos e os Vereadores.

Se nós não podemos "culpar" a Deus por tudo o que nos aconte-ce, uma vez que possuímos o livre arbítrio e isso seria uma grande injustiça, por que em nossa vida material tendemos a "culpar" o Presidente da República por tudo de ruim que está acontecendo? Será que estamos sendo justos?

Acredito ser um dever moral e critão nos calarmos diante des-dessas situações quando surgirem em nossos caminhos, para evi- tarmos que a situação atual se agrave mais e, com o intuito de amenizarmos, devemos elevar nossos pensamente a Deus e pedir muita luz às pessoas que porventura agirem assim, e principal-mente, ao Presidente e a todos os responsáveis pela Nação, pois se eles ocupam esse cargo hoje é porque houve um "aval" de Deus e não simplesmente porque votamos neles. Se eles não tivessem um preparo espiritual para ocupar esses cargos elevados, prova- velmente nem seriam indicados para tal.

Não quero dizer com isso, que devemos concordar com a situa- ção, dizer que tudo o que está acontecendo tenha realmente que acontecer e evitar até comentários a respeito. Não, não é isso! Acredito que nós temos o direito de ter nossas opiniões e pon- tos de vista. No entanto, devemos "medir" nossos comenários para evitarmos que a "corrente" de negativismo afete mais ainda a situação atual.

E temos o dever de lembrarmos que, abaixo de um Presidente da República ou de um Governador, existem muitos outros cargos e, conseqüentemente, muitas outras pessoas que diferem (e muito!) em suas maneiras de ver e fazer as coisas.

Será que as ordens que são dadas pelo Presidente ou pelo Go- vernador aos seus subordinados são cumpridas na íntegra?

O gerente de uma empresa que dá uma ordem ao chefe e este ao seu subordinado, sonseguirá que a mesma seja entendida e cumprida como foi solicitada?

Vejamos no céu: Deus "dá" uma ordem a Jesus, que a transmite a um Anjo. Caso ocorra uma falha durante a aplicação dessa ordem, Deus seria o responsável pela má execução?

Não compete a nós o julgamento e a condenação dos atos de nossos governantes. Devemos pedir a Deus muita fé, paciência, humildade e resignação para aceitarmos as coisas que não pode- mos mudar; coragem e discernimento para mudarmos aquelas que podemos e sabedoria para distinguirmos umas das outras.

Que o mestre Jesus nos ilumine e abençoe, hoje e sempre!

(Obs.: Este texto foi criado durante o governo FHC, a quem eu admirava e ainda admiro muito! E apesar do tempo, ainda é adequado para a realidade atual.)