Com
licença, mas preciso adentrar sua vida, Conquistar meu espaço
... Voltar seu olhar de encontro ao meu... Ouvir a sua expressão
calma e serena em meus ouvidos. Desejar
sua pele na minha pele, Seus lábios na minha boca, Sua saliva adocicando
meu paladar... Poder
mordiscar seus carnudos pontos de desejo, Massagear de forma tortuosa sua libido, Despertar
seus mais selvagens instintos. E
morrer no mar ... No ar ... Que flui dentro de seus pulmões ... Vitais
pulmões. Angariar
pontos que conquistem a chave de sua paixão, Tornar-me, não dona,
mas arqueóloga de sua razão. Com
licença meu amor, Mas preciso adentrar seu coração, Transformar
em morada este espaço, Despertar seu olfato para um cheiro sensual, Sentir
sua ofegância reanimada, enlouquecida e desesperada em meus lábios. Apreciar
sua companhia, Respirar o silenciar de nosso olhar, Deslizar minhas frias
mãos em seus suaves cabelos. Poder
incorporar meus sentimentos, Traduzir em atitudes nossos momentos. E
nadar no ar ... No mar do amar ... Que entorpece meu coração... Vital
coração. Com
licença, mas preciso voltar a viver, Reviver e alegrar ... Poder
respirar ... Com
licença, mas preciso voltar a esquentar, Retornar à doçura... Poder
novamente amar... |