"
Velho Chico vens de Minas De onde o oculto do mistério se escondeu Sei
que o levas todo em ti Não me ensinas E eu sou só,eu só,eu
só,eu..." (Caetano Veloso - O Ciúme) Rio
São Francisco Velho rio que ainda Acolhe generoso Quem dele se
aproxima Caminho
às margens E percebo vidas Toco nos coqueirais E mergulho na lenda Deslizo
nas ondas, Aceno aos ribeirinhos e Imagino histórias. Observo
as lavadeiras E relembro seus cantos. Penso
no peixe, nas frutas E no arroz irrigado, Subsistência do Homem Que
vive do rio e para o rio. Cumprimento
o barqueiro E o velho pescador de olhar sofrido, Com a lembrança Da
pujança do rio de outrora. Sinto,
reconheço A tragédia anunciada No assoreamento Do rio que
agoniza Velho,
velho Chico Encanto, saudade e pranto De quem te sonhou Crescente E
te reencontrou Minguante. |