OS PARANORMAIS: A REJEIÇÃO
Bruno Pinheiro de Lacerda
 
 

(...)


Quando você desconhece o seu passado, a única coisa que lhe resta é o seu presente e a única força que você tem vem do amor
que você sente pela sua vida, por você mesmo e, especialmente, pelas pessoas que você estima. O amor é a mais poderosa energia,
é aquilo que te dá forças para renascer, para começar de novo... O amor é tudo, principalmente para aqueles chamados de:
OS PARANORMAIS!


Daniela foi seqüestrada por um paranormal desconhecido. Ela pensava que estava sozinha, pensava que não havia ninguém por
ela, mas Caio a resgatou, após uma breve luta contra Cândido, e mostrou a ela que ela não estava sozinha. Mas... Quem é
Cândido? E... Por que ele escolheu seqüestrar Daniela, e não outra pessoa? Que mistérios guarda esse desconhecido paranormal?

_ Feche seus olhos e se concentre, tente sentir a energia que há dentro de você; tente sentir a energia que circula pelo
ar, tocando-te, acariciando-te; sinta a energia vital dos seres vivos que te cercam e a energia existencial dos corpos que
estão perto de você! _ Caio ensinava as técnicas dos paranormais a Clara.


Após o último acontecimento narrado, as coisas se acalmaram por alguns dias. Caio, Daniela e Leandro continuavam hospedados
na casa dos pais de Clara, os quais estavam muito felizes, tanto porque tinham companhia naquela enorme mansão, quanto porque
a filha deles estava muito feliz, anormalmente feliz, com a presença de um certo paranormal naquela casa... Mas, isso não
vem ao caso, certo? Que Clara sonhava receber uma declaração de Caio, não é da nossa conta, não é mesmo?


O máximo que a garota conseguiu, até então, é que nosso grande herói a ensinasse as técnicas da paranormalidade e, para
ela, isso já era algo realmente fantástico! Afinal, ela conseguia duas coisas de uma vez só: ser uma paranormal _ um dos
seus sonhos _ e ficar mais perto de um certo paranormal _ que, por acaso, também era um de seus sonhos...


Clara se concentrou... Sim, ela realmente sentia a energia dentro dela... Sentia até uma ínfima parte da energia que a rodeava...
Mas, sentir a energia vital dos seres vivos e a energia existencial dos corpos, aí já era outra coisa, bem mais difícil!

A aula estava sendo boa... Levando-se em consideração que era a primeira aula, Clara ia muito bem! Ela até já conseguia
sentir uma pequena parte da energia que a rodeava! Caio achava isso fantástico!


_ "Eu certamente dei mais trabalho"... _ Caio pensou.


A aula estava tranqüila e muito boa; entretanto, de repente, Caio sentiu que as proteções que ele havia colocado na mansão
estavam sendo atacadas. Então, ele falou:


_ Clara, nossa aula terminou por hoje.

_ Mas... Já?


_ Sim, Clara... A casa está sendo atacada, e isso eu não permitirei!


_ Mas... Eu não ouço nada...


_ Bom, a casa em si ainda não está sob ataque... É que eu coloquei uma proteção aqui e... Minha proteção está sendo atacada...
É que... Bem, eu não podia permitir que sua casa fosse atacada, entende?


_ Claro... Mas... O que você vai fazer, Caio?


_ Ora, eu vou enfrentar quem quer que seja o idiota que ousa atacar esta casa!


_ Caio, isso não é perigoso?


_ Sim, é, mas... Não há outra saída. Clara, quero que você fique no seu quarto e, por favor, não saia de lá por nada, tudo
bem? Não creio que alguém vá entrar aqui, mas... É bom prevenir.


_ Tudo bem... _ Clara aceitou, relutante.


Clara saiu e se dirigiu ao seu quarto. Caio se preparava para sair e ir combater aquele que tentava invadir a mansão, mas
Daniela chegou onde ele estava e questionou:


_ Caio, você colocou proteção nessa mansão, não é?


_ Sim, coloquei. _ O garoto respondeu.


_ E, bem... Estamos sob ataque, certo?


_ É...


_ E... Bom... Algum plano?


_ Sim, apenas um: sair e lutar contra nossos atacantes!


_ Vamos nessa, então!


O tempo de convivência na mansão de Clara e os acontecimentos aproximou Caio e Daniela. Os dois formavam uma dupla excelente,
quase imbatível! Eles pareciam ler os pensamentos um do outro e precisavam trocar poucas palavras para se entenderem. Nenhum
dos dois sabiam onde estava Leandro naquele momento e, como eles não tinham tempo, decidiram, silenciosamente, ir só eles
mesmos para o combate; com um pouco de sorte, os adversários não os superaria tanto em quantidade...


Caio e Daniela saíram e, ao sair, Caio lançou um ataque que afastou os adversários da casa:


_ [Ondas de Energia!]


As enormes ondas de energia jogaram os adversários longe da casa e, nossos heróis correram até eles, a fim de evitar que
os inimigos voltassem a atacar a mansão.


Os rivais se levantaram. Caio se preparou para deter o avanço deles, mas foi surpreendido por um deles, o qual disse:


_ Acalme-se, Caio, nosso objetivo não é destruir a casa de sua doce amiguinha Clara... Nosso objetivo é lutar contra vocês.

_ Cândido? _ Agora sim, Caio estava surpreso.


_ Cândido? _ Daniela questionou. _ Então... O idiota que me seqüestrou se chama Cândido?


_ É, é isso aí. _ Respondeu o próprio. _ Eu sou o paranormal do Cristal do Isótopo de Hidrogênio, o Deutério.


_ Muito bem... O que você quer, Cândido? _ Caio perguntou.


_ O que eu quero? Ora, é simples! Quero terminar nosso combate, Caio. E, como eu imaginei que você não viria sozinho, trouxe
alguém que ficará encantada em lutar contra Daniela...


_ Exato! _ Respondeu uma voz feminina. _ Eu lutarei contra você, Daniela. _ A voz disse isso e apontou para Daniela.


_ Bem, será que podemos começar, então? _ Cândido questionou, impaciente.


_ Por mim, tudo bem. _ Respondeu a voz feminina.


_ Sugiro que nos afastemos, Caio... _ Cândido falou. _ Não quero que nada atrapalhe nosso duelo.


Caio ficou um pouco preocupado... E se aquilo fosse uma armadilha? Ele perguntou:


_ E então, Daniela? O que você acha?


_ Acho que vai ser interessante... _ Respondeu a garota. _ Tudo bem, Caio, não creio que seja uma armadilha. _ A menina
tentou tranqüilizá-lo.


_ Se você diz... _ Caio falou.


As duplas se afastaram e a luta começou.


_ Bom, antes de começarmos, acho que devo me apresentar, não é? Bem, eu sou Carolina, a paranormal do Cristal do Isótopo
do Flúor, o Fluoron. Agora, quanto a você, não precisa se apresentar, porque eu te conheço. _ Disse Carolina, a adversária
de Daniela.


_ Interessante... _ Falou Daniela.


_ Sim, é sim. Sabe, eu sempre quis te enfrentar, desde que... Bem, desde o dia em que minha irmã me abandonou e preferiu
treinar você, a me treinar... Quero ver se você é tão boa assim!


_ Foi por isso que você se aliou a David, Carolina? Por vingança?


_ Não, não é vingança! Eu não odeio minha irmã... E também não te odeio. Eu apenas quero me enfrentar a você e, bem, sim,
esse foi o motivo pelo qual me uni a David. Eu não compartilho de seus ideais, mas... Isso não me importa.


_ Então, você se uniu a David apenas para me enfrentar?


_ Exato!


_ Então, vá em frente!


_ Vamos lá!


E Carolina começou a lançar bolas de energia contra Daniela; esta, desviava-se dos ataques e contra-atacava, mas também
sem sucesso. As duas ficaram assim, por um tempo, estudando-se. Em seguida, os ataques cessaram, de ambos os lados.


_ É, você parece ser realmente boa. _ Comentou Carolina.


_ Isso é um elogio? _ Daniela questionou, irônica.


_ Pode ser... Mas, eu só estava me aquecendo.


_ É mesmo? E você acha que eu estava usando toda a minha força?


_ Oh, é claro que não! Eu ficaria decepcionada se fosse assim...


_ Por que você não torna as coisas mais... An... Interessantes?


_ Tudo bem... Vamos tornar as coisas mais... Como é mesmo que você disse? An... Interessantes!


E Carolina se concentrou. Então, ela abriu os braços; após um tempo, fechou um círculo com seus membros superiores e lançou
seu ataque especial:


_ [Congelamento!]


_ Caio, hoje terminaremos nosso combate! _ Disse Cândido.


_ Vamos lá, então!


E os dois começaram a jogar bolas de energia cada vez maiores um contra o outro. A cena era incrível! Fantástica! As bolas
de energia se chocavam no meio do caminho, causando grandes explosões e grande liberação de energia por todos os lados,
provocando sons realmente fenomenais! Os dois se moviam com extrema agilidade, desviando dos ataques um do outro e atacando.
Algumas bolas de energia eram desviadas, outras se perdiam por aí e aí, eram bolas se chocando nas paredes, caindo no chão,
era algo impressionante! E , nessa confusão, nenhum dos dois acertou seu alvo. Após um tempo, eles pararam e Cândido falou:

_ Bem, acho que podemos aumentar o nível um pouco, não?


_ É, acho que sim. _ Respondeu Caio.


_ Vamos lá, então!


Cândido se concentrou, estendeu sua mão esquerda, colocou a mão direita próxima ao peito, como se estivesse protegendo-o,
e lançou seu ataque especial:


_ [Energia Contínua!]


_ [Força e energia!] _ Contra-atacou Caio.


Os ataques se chocaram e ficaram parados, entre os dois, no meio do caminho. Era uma corrente de energia que saía da mão
de cada um e ficava parada no centro, no ponto de união entre as duas correntes. No ponto de união, uma massa de energia
cada vez maior se acumulava; nenhum dos dois, porém, conseguia empurrar aquela massa contra o outro.


Caio pensou que seria uma oportunidade de ouro para ganhar essa luta mais rápido. Há pouco ele havia recuperado toda a sua
energia vital (assim como Daniela) e ele não queria morrer ali, nem ficar a ponto de morrer. Todavia, Caio sentiu que Daniela
estava recebendo um ataque que ela não conhecia, um ataque realmente poderoso! Caio pensou que ela não conseguiria se defender,
ele sentiu que precisava ajudar, mas... Como?


Ele se concentrou e, de alguma forma, conseguiu fazer com que a energia que rodeava Daniela se movesse e tornasse o ar em
volta da garota _ o qual ficava até então cada vez mais frio _ ficasse quente de novo. Porém, isso lhe custou caro. A grande
massa de energia foi jogada contra ele e o atingiu em cheio; Caio não foi ao chão, mas sua energia vital ficou em 60%. Ele,
no entanto, continuava ajudando Daniela, tentando mostrar à garota que ela não estava sozinha.


_ "Daniela, você não está sozinha... Vamos! Reaja! Você pode vencer essa luta!" _ Caio tentava transmitir esse pensamento
de alguma forma para ela.


E de repente, então, o ar em volta de Daniela começou a se congelar. A garota não sabia o que fazer... O desespero começou
a tomar conta dela... Ah, agora ela estava sozinha e diante de um ataque desconhecido, contra o qual ela não conseguiria
se defender a tempo... Ah, sim, ela morreria ali, antes de encontrar seu irmão... Não, não podia!


Nesse momento, ela sentiu uma energia cálida, que a rodeava e tornava o ar menos gelado... Era uma energia familiar, uma
energia que ela reconhecia... E, de repente, um pensamento lhe veio: "Daniela, você não está sozinha... Vamos! Reaja! Você
pode vencer essa luta!". Ah, sim, ela sabia de quem era! Sem dúvida, aquela energia era de Caio!


Concentrando-se um pouco, Daniela conseguiu perceber que a energia vital do garoto caiu... Então ela viu (não no sentido
literal da palavra, claro) que ele estava pagando um pouco caro por ajudá-la. Ela se sentiu mais confiante... Não, ela não
estava sozinha e, talvez, nunca estaria. Daniela se concentrou para enviar um pensamento a Caio... Ela não sabia muito bem
como ele conseguiu fazer seu pensamento chegar até ela, mas parecia que eles tinham uma espécie de "conexão mental" e, sendo
assim, ela também conseguiria enviar um pensamento a ele, certo?


_ "Está tudo bem, Caio... Eu não perderei esse combate! Concentre-se na sua luta... Eu vencerei aqui.". _ Daniela conseguiu
enviar esse pensamento a Caio.


A luta entre Caio e Cândido prosseguia; contudo, Caio não estava dando tudo de si naquele duelo, porque estava ajudando
Daniela.


Cândido percebeu que Caio não lutava com todas as suas forças. Ele pensava:


_ "Estranho... Caio não está lutando com todas as suas forças e, mesmo assim, não consigo ter muita vantagem! Como pode?".

_ [Energia Contínua!] _ Cândido atacou.


_ [Força e energia!] _ Caio lançou também.


E mais uma vez, os ataques foram equivalentes e uma enorme massa de energia se formou no meio dos dois.


_ "Incrível!" _ Pensou Cândido. _ "Ele não está usando todo o seu poder e, mesmo assim, mantém a concentração de energia
entre nós, exatamente no meio do caminho... Incrível!".


E, quando Caio se concentrou totalmente no ataque, a grande quantidade de energia que estava entre os dois foi lançada contra
Cândido, o qual construiu uma barreira de energia que pouco adiantou, mas que diminuiu um pouco o impacto da grande massa
de energia. Cândido ainda tentou se desviar, mas não conseguiu e foi atingido; sua energia vital ficou em 85%. Cândido falou:

_ Caio, você não está dando o máximo nessa luta... Por quê?


_ Creio, Cândido, que isso não seja assunto seu. _ Caio respondeu, cortante.


_ Muito bem... Não preciso pensar muito para ver que você estava ajudando Daniela. Bem, vou te dar um bom motivo para que
você dê o máximo de si nesse combate... Sabe, eu lhe segui por muito tempo... Fui sua sombra. Você não me sentiu, porque
eu sei um jeito de ocultar a minha presença... Ou, talvez, porque nossa energia é parecida... De qualquer forma, eu pesquisei
tudo sobre você, especialmente depois que sua mestra matou o meu mestre com apenas um golpe. Lembra-se, Caio? Lembra-se?
Eu fui rejeitado por minha família... Fui jogado do alto de uma montanha... Eu teria morrido, se não fosse... Meu mestre.
Ele me resgatou da morte, ensinou tudo o que eu precisava saber para ser um bom paranormal e, quando descobriu tudo sobre
minha vida, tentou te destruir... Porém, sua mestra defendeu você. E, matou meu mestre com... Um golpe! Apenas um golpe!
Você deve se lembrar, não é mesmo, Caio? Lembra-se?


Sim, agora Caio se lembrava.


Certo dia, no intervalo de um dos duros treinamentos de Caio com Melissa, Caio foi dar uma volta pelo gigante pátio do castelo
da Escola Dos Paranormais Guerreiros (a escola de paranormais do Egito) _ a qual era muito mais que apenas uma escola. Mas
o passeio de caio foi interrompido por um homem de uns 45 anos, sério, com uma energia pesada, um ódio sem-igual, que disse:

_ Bem, bem, bem... O que temos aqui? Você é o tal Caio, não é?


_ É... Sou eu mesmo... _ Caio respondeu, um pouco desconsertado e também assustado, porque o homem parecia disposto a matá-lo
e ele dificilmente conseguiria se defender, já que não tinha, provavelmente, nem a metade dos conhecimentos daquele homem.

_ Muito bem, dê adeus à sua vida, maldito! [Corrente mortal!]


Caio teria morrido... Entretanto, uma energia cálida, mas muito poderosa o envolveu e o protegeu do ataque.


_ Mas... Mas... Mas... O... O que... _ Balbuciava o homem. _ O que está acontecendo? O que é isso?


_ Não acho justo que um paranormal formado ataque um aprendiz... _ Falou Melissa, a qual chegou e se colocou na frente de
Caio, entre ele e o homem. _ Eu não permitirei que você machuque meu discípulo, maldito!


_ Você é Melissa, não é? _ Perguntou o homem.


_ Sim, eu sou Melissa, a paranormal do Cristal de Hélio. E, se eu fosse você, sairia daqui e não voltaria nunca mais!


_ E... Por quê? Você acha que uma garotinha como você, que ainda nem deixou as fraudas, pode vencer João, o paranormal do
Cristal de Lantânio? _ O homem enfureceu-se.


_ Você não entende! _ Retrucou Melissa. _ Seu poder não é nada diante do meu! Eu poderia derrotá-lo com um simples piscar
de olhos.


_ É mesmo? Vamos ver, então! [Corrente da morte!]


O ataque de João nem chegou no meio do caminho... Foi destruído bem antes disso.


_ Idiota! _ Melissa bradou. _ Acha que vai me vencer com tão pouca coisa?


Caio estava realmente admirado. Aquele ataque (a "Corrente da Morte") era o mais forte que ele havia visto desde que chegou
ali; era um ataque realmente estupendo e poderosíssimo! E, sua mestra dizia que era... Fraco demais? Então, ela era realmente
poderosa!


_ O quê? Acha que meu ataque é fraco? Então, experimente isso! [Morte suprema!]


Esse ataque era ainda bem mais poderoso que o outro. Caio chegou a temer, por um breve milésimo de segundo, pela vida de
sua mestra. No entanto, tal como o outro ataque, esse também foi destruído bem antes de chegar na metade do caminho até
seu alvo.


_ Não... Não pode ser! _ Aterrorizou-se João. _ Não é possível!


_ João, nunca vá para uma luta sem conhecer seu adversário. _ Melissa aconselhou. _ Eu o deixaria viver, mas sei que, se
eu fizer isso, você tentará matar Caio depois, não é? Então... Adeus!


Melissa não usou nenhum ataque especial. Ela apenas lançou uma pequena bola de energia. Caio pensou que aquele ataque seria
ridículo. Contudo, a bola de energia brilhou e atingiu o alvo e, quando a bola atingiu João, o corpo dele simplesmente deixou
de existir, desapareceu, evaporou-se. Caio perguntou:


_ Mas... Como é que... Como...???


_ Caio, o tamanho de uma bola de energia não determina a sua força. _ Melissa explicou. _ E... Bem, a radiação é realmente
poderosa...


_ A radiação?


_ Sim, Caio, a radiação é incrível! Você já ouviu falar nas bombas atômicas lançadas nas cidades japonesas?


_ Não...


_ A energia liberada foi tanta que os corpos das pessoas que estavam perto simplesmente evaporaram...


_ Assim como o corpo de João?


_ Exato! Você é um garoto realmente esperto, Caio!


E melissa deu um abraço em Caio, levantou-o do chão e o baixou novamente. Caio sorriu. Melissa era, para ele, algo como
uma mãe, ou uma irmã mais velha.


Sim, Caio se lembrava de tudo. Mas, ele tinha uma dúvida: o que ele tinha a ver com a vida de Cândido? Por que João tentou
matá-lo quando descobriu tudo sobre a vida de Cândido? Caio jamais sequer se encontrou com alguém chamado Cândido em toda
a sua vida! Então, o que ele tinha a ver com a vida desse tal Cândido? Caio resolveu expressar sua dúvida:


_ Sim, eu me lembro, mas... O que eu tenho a ver com a sua vida? Eu nem o conheço! Jamais o conheci!


_ É claro que você não me conhece, Caio. _ Cândido falou, calmamente. _ Mas você tem muito a ver com a minha vida... Mais
do que você pode imaginar. Bem, depois da morte de meu mestre, eu pesquisei tudo sobre você, fui sua sombra, acompanhei
cada um de seus movimentos. E, eu sei mais da sua vida que você mesmo. Sei, dentre outras coisas, onde está a sua irmã.

_ O quê? Você... Você sabe... Onde está... A minha irmã?


_ Sim, Caio, eu sei. A verdade está diante de você, Caio, mas você não percebe... Nem você, nem ela. E, eu sei mais coisas
sobre sua família, coisas que você não sabe... Bem, se você ganhar esta luta, eu lhe contarei tudo. Mas, se você perder,
perderá também a sua vida.


_ Eu não perderei este duelo, Cândido. Eu não estava usando toda a minha força e, mesmo assim, consegui manter um bom combate
contra você. Agora que vou dar tudo de mim, você não conseguirá me vencer. Você não é tão poderoso quanto pensa, sabia?
A morte do seu mestre o abalou... O ódio que você sente te torna um alvo fácil! Eu não perderei! Então, prepare-se para
contar tudo!


_ Vamos lá, Caio!


E Cândido se preparou e lançou mais um de seus ataques especiais:


_ [Corrente da Morte!]


_ [Bomba de energia!] _ Defendeu-se Caio.


Qual será o resultado dessas duas lutas? E... Que segredos esconde Cândido? Será que ele sabe mesmo sobre a família de Caio?
E, será que ele cumprirá sua palavra, caso perca o combate? Quem é Cândido?


(continua)