SESSENTA ANOS
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Carvalho de Azevedo
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Sofridos mas tão bem vividos Encanta-me os meus sessenta anos Que não foram sessenta vidas Mas todos os dias a mim deferidos.
Amarelas e roxas dos Ipês que me fascinam Foram sessenta invernos, sessenta outonos Sessenta verões, sessenta gargalhadas.
Sessenta amores, sessenta dores, sessenta sonhos Mais de seis amigos, por caminhos tão compridos.
De estrelas brilhantes à noite De Sol escaldante em dias ao léu. |