CHUVAS
DE VERÃO
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Bárbara
Helena
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"estranho
no meu peito, estranho na minha alma Então
era ele. Era
ele, sem dúvida. Melhor enfrentar. Ele
continuava como onda de verão, sem alterar o ritmo. Tudo
bem? Tudo
mal, tudo péssimo, incolor, desprezível depois do tsunami
da sua presença. E
você? Como vai? Sorriso
forçado, um pé apoiando a corpo, depois outro, vontade
de sentar no meio-fio e chorar. Eu
também. Sorrisos convencionais. Pois é. Pela primeira vez o encarei. Rosto sulcado, marcas, buracos, nunca tinha notado. As lembranças, fragmentos: linha do queixo, boca, beijos, camas. Parei. Ele
era feio. "É
desconcertante rever o grande amo"r Bom,
tenho que ir, caminhada, sabe como é... Mentimos
juntos enquanto as mãos se despedem debaixo da chuva. |