O
ESTRANGEIRO
|
||
Afonso
José Santana
|
||
Peter
acordou com um estranho barulho vindo do lado de fora. Era um som diferente
dos que já ouvira. Era alta madrugada e ele adormecia como uma
pedra. Aos poucos um som vinha lá do fundo, vinha vindo, chegando,
chegando, até que ele acordou. Assustado, levantou-se atordoado.
Esfregou as mãos nos olhos e viu uma estranha luz colorida que
vinha pela fresta da janela. Esfregou mais os olhos para acreditar melhor
no que estava vendo. Eram luzes coloridas, sinuosas, entravam e saiam.
Um som parecendo música começou a envolver-lhe. Era um
som ritmado. Aproximou-se da janela mas recuou rapidamente. A luz era
muito forte quase cegando-lhe a vista. Pouco a pouco foi abrindo a porta.
Com o barulho as luzes e o som foram cessando, até ficarem mudos.
Ele ficou pasmo ao ver um objeto grande içar vôo. A poucos
instantes estava ali à sua frente. Teriam se assustado com ele??
Olhou pro céu e viu um ponto brilhante percorrendo a noite e
desaparecer por completo. Não conseguiu dormir mais. E nas noites
seguintes também não dormiu tentando ver de novo o objeto
que naquela madrugada lhe fascinara. Pra quem iria contar uma história
dessas? Quem acreditaria? Só ele estava lá. Só
ele viu.
|
||