CRÔNICA NÚMERO 32
Osvaldo Pastorelli
 
 

O sopro ameno da noite me lambe tal como se lâminas de aço me acarinhassem.

Teu corpo em meu corpo é luz do passado a iluminar meus passos.

As horas que passamos juntos permanece em mim solitária lembrança.

A conseqüência dos nossos momentos é o que arde em mim e relembra nossos corpos ofegantes, respirando entrelaçados no amor, saciados ao romper da manhã.

Nus, aplacávamos no incêndio do amor, o prazer que se debruçava em suaves ondas de quentura.

Na batida da nossa respiração roubamos a essência um do outro para vivermos os dois.

Hoje a saudade me transfigura em só ser em noites frias de ensolarado verão.

Essa é a notícia que tenho para lhe dar.

(inspirada no poema “sinto o sopro da noite”, da poeta Eliane Malpighi, postado na lista no sábado, 08 de abril de 2000, às 19:23 horas)

 
 
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