Cansada de falar. Não quero mais, chega. Roberto. Cansada de Roberto, não quero mais, chega. Não sabendo como lidar com a situação, como explicar o que sinto, sumi. Não atendo seus telefonemas. Não respondo seus emails, suas mensagens. Não o quero mais, acabou o amor, acabou a emoção, acabou o tesão. Durou, até (três anos e dois meses). Eu deveria saber o que dizer nessa hora. Não sei. Não quero. Foi bonito por um tempo razoável, estável por outro tanto, maçante no final. Alguns lances dramáticos, cenas intensas na rua, em casa, brigas histéricas e reconciliações homéricas. Sexo, sexo, sexo. Era bom. Às vezes, sublime. Não sei o que houve. Acabou. E sumi.

Talvez insensível, anagrama, botei um anúncio pequeno no meio do Conselheiro Sentimental do Jornal dizendo que tudo chegou ao termo. Quem sabe ele lê. Eu não saberia o que dizer se o encarasse. O que mais me dói é que nada disso me dói, tudo se acabou e não consegui derramar uma lágrima, por ausência de sentir. Insensível eu, absolutamente, mas sim com relação a ele. Algo se desconectou em mim. É melhor que ele não me procure mais. Vai doer. Nele. A falta de um motivo. Mas não quero contar o que houve, o que vem sendo nem o que será.