Tum...Tum...Tum...Tum.... Ainda bate um coração na cabana; é o pequeno Mohamed, descansando sobre um coração parado. Chuva de fogos, corpo de bomba, granadas; para a morte, um arsenal. O clarão deste dia não reserva vida, não aceita paz. O que acontecerá quando um grito ecoar Mamãe e se perder na escuridão ; quando o frio da solidão lhe negar um abraço,quando as tentativas parecerem em vão e os seus olhos, melancólicos, inexatos, detonarem a verdade em uma lágrima. Sonhos mutilados de um mundo qualquer, realidade sórdida; talvez nunca mais possa sorrir e ninguém paga o trauma de uma vida infeliz. Melhor um tiro de misericórdia que dilacere a carne a conviver com estilhaços na alma, sangrando a cada dia até que venha a secar. O mundo clama pela paz, assiste a guerra e lamenta esta mancha eterna que se insere na história. O que nos resta deste lado da moeda é esperar e entender que ao homem que se nega a educação está traçado um destino duro e incerto, tão árido quanto possa ser um solo desmatado.

Nunca perguntem como nasce um terrorista.