Eu quero dois dedos. Dois dedos acima da borda e dois dedos abaixo do fundo do copo que te contém e ficar ficando, cantando inconsciente, degustando o que corre pelas paredes lisas do teu vidro.

Riso de quebrar, ventos, pensamentos, de quebrar medo de ter medo de forçar, quebrar as regras, jogar teu jogo, eu adoro temer e me quebrar de risos felizes na amplitude comedida de tuas latitudes.

Forte, personal, toque macio, corre em vidros o viço vertical. O gosto de gostar do frio na espinha é tudo que sonhei e provar a pontiaguda quentura do teu cume me põe cada dia mais dentro do teu ser.

Pensando bem, eu quero quatro dedos. Quatro acima, quatro abaixo e tudo mais...