A iniciação sexual de Emanuel foi algo assim zoológico ou zoomórfico ou animal. Mas nada atípico em tratando-se do seu habitat natural o interior do sertão nordestino onde é prática comum entre os meninos.

O personagem em questão não é o Emanuel que hoje posa de chefe de seção de um órgão público do segundo escalão de um ministério em Brasília, mas a jumenta Jaqueline cuja vida de sofrimentos cantada em prosa e verso pelos poetas do cordel chegou ao auge e ao fim num frigorífico de charque nas imediações da Recife veneza brasileira.

Emanuel às vezes se pega questionando se o jabá que ele adora comer com farinha e baião-de-dois num restaurante típico na cidade satélite de Ceilândia não seria dos descendentes diretos de Jaqueline; e se sente como se estivesse comendo seus próprios filhos. mas - pasmem! - não é que o danado repete o prato!?