Sobre
o tampo de vidro da mesinha de centro,
duas garrafas e dois maços de cigarros vazios,
além da minha almofada vermelha.
Copos, balde de gelo com água pela metade,
o cinzeiro cheio a não mais poder.
Televisor mudo, mas ligado,
alguns CD´s e DVD´s
que pareciam calculadamente espalhados pelo exíguo tapete.
A cabeça parecendo querer explodir.
Quase meio-dia, como um autômato,
peguei a almofada, para confortar melhor a cabeça.
No vidro da mesa, escrito com batom,
seu último bilhete: ADEUS!
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