Sei tudo de você. Seus olhos, seus cabelos, seu corpo.

Sua presença se faz constante em minha vida, razão pela qual sei tudo de você.

A distância e o reconhecimento dela, faz aumentar ainda mais a ansiedade de um encontro que nunca podemos agendar. Melhor assim, talvez!

A convivência abriga em seu âmago o vírus da discórdia, do desgaste, do uso, da saturação, você não acha?

A distância não. É benfazeja. Esconde saudades, descobre palavras, entende enigmáticas conversas, alimenta doces fantasias.

Rouba de cada um, momentos que nenhum dispõe.

Encoraja, vence a timidez, busca através de paralelas o impossível encontro.

É anjo e demônio, tempestade e bonança.

É paixão, é chama que não se apaga, é calor que não se dissipa.

A distância provoca em mim, a mesma ansiedade, a mesma expectativa do vigia pressentindo a aurora.

Pressinto você, chegando não sei como, nem de onde.

Pressinto você, sinto seu inconfundível perfume à distância, a mesma distância que encurto a cada minuto de saudade de você.