Em meio a lembranças, uma doce melancolia passou a habitar meu coração, e através de calafrios passou a atormentar minha sanidade, passou a criar um conto desabalado que "martela" minha razão...

"- Em um momento de minha vida, fui de alguém que disse: ´- Eu te amo".

E assim me tornei uma pluma que flutuava por entre barreiras que surgiam, nada era difícil, tudo tinha harmonia, tudo era alegria. Parecia que os problemas se descobriam ao luar, que tudo aquilo que poderia me deixar com o astral baixo, não possuía força para me atingir.

Eu vivia para alguém...

Minha maior felicidade, aquilo que me completava estava ali em forma de um sorriso, um carinho, uma palavra. Nada a meu redor era importante a não ser que envolvesse o homem a quem amava.

Minha vida era uma melodia doce e incansável, me dedicava integralmente a amar aquele homem. Dentro de mim um conflito era constante, a razão barbarizava meu descontrolado sentimentalismo e foi quando decidi por me entregar como resultado desses intensos choques, me soltei no ar, sem pára-quedas e não medi as conseqüências, as mais diversas que estavam para vir de encontro à chama descontrolada em que havia me tornado amando esse homem.

Deixei de ponderar os fatos e seguia apenas minha paixão... Loucura tal jamais pude pensar um dia viver... Loucura essa de me soltar sem pensar em mim para amar alguém.

Hoje sei que, aquele que me deixou aprender o que o pleno amor pode fazer com as pessoas, jamais me amou realmente, acaso do destino que não me destinou tempo suficiente para ensiná-lo a também amar.

Estou respirando, andando, sentindo, sei que estou viva, mas também sei que não estou completa como estive durante certo período, quando esse homem chamado... Esteve a meu lado.

Diante de tantas lágrimas e recordações, me lembrei de um conto que havia lido, e por tal ficção resolvi definir esse período denominando-o Avalon, simplesmente um conto antigo e cheio de magia..."