QUATRO ESTAÇÕES
Carvalho de Azevedo
 
 

Quem me dera poder
Hibernar contigo
No arraial do frio Inverno
Em busca da vida incompreendida
Da felicidade perdida
Para cicatrizar a velha ferida
Por nós nunca admitida.
E depois, quando da Primavera,
Somar ao perfume das flores o teu
Emprestar ao Verão
O calor do teu corpo
E no Outono
Apenas colher a vida
Agora, recém-nascida.