EXPERIÊNCIA ÚNICA COM O CONDE DRÁCULA
Leila Silva Terlinchamp
 
 

Minha única experiência (e não experiência única, a bem da verdade) com o vampirismo ou conde Drácula se resume a uma manhã ensolarada em que o carteiro tocou a campainha, entregou-me um pacote e me mandou assinar alguns papéis. Abri a caixa e contemplei por alguns instantes o objeto. Presente de aniversário. Um desses livros com fitinha bordeaux como marcador e dourado nas páginas. Lindo e bom de se pegar. Delicado. Abro-o e vejo que foi feito na China. Por quantos mãos terá ele passado até chegar às minhas? Primeiramente por delicadas mãos de crianças chinesas, talvez, depois outras mãos chinesas o encaixotaram e outras o desencaixotaram em alguma livraria nos Estados Unidos, nas prateleiras muitos clientes podem tê-lo tocado e finalmente a moça ou o rapaz do caixa....Tantas mãos! Um objeto novo e já carregado de história, com um longo caminho percorrido.

O título inscrito num quadrado, Dracula, e abaixo dele o nome do autor, Bram Stoker, naquele momento nem importavam tanto, o que me intrigava era aquele Made in China e a viagem do belo objeto. A leitura? Ainda não fiz, está enfeitando a estante e esperando numa fila.

 
 
fale com a autora