Deixe-me
beber seu sangue, devorar sua alma
deixe-me ensiná-los a viver,
Mestres ! Com o mundo a sua palma
venham a mim e torná-los-ei vampiros do amanhecer.
Por
que não podem ouvir sua própria música?
Hinos à vida em letras de morte
será que o mundo tornou-se uma peça confusa
seus atores lançados à própria sorte ?
Deixe-me
conduzí-los por entre o inferno
caminhar sobre espinhos com sorriso nos lábios,
tornar o verão árido de suas vidas num aconchegante inverno
onde possamos nos sentar e debater como sábios.
Dê-me
sua existência, incorpore-se a mim
e choraremos a morte do sol festejando a lua
pois correr de nada adiante àquele que conhece o fim
sua caminhada é lenta, contemplativa ... pura.
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