O FILHO PRÓDIGO
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Marcelo D'Ávila
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- Deixa o menino em paz, Ana! - Mas não tá certo, Júlio. Ele fica cinco anos sem dar notícia e aparece assim, de repente, com essa aí a tira-colo. Nem uma carta, um telefonema, um e-mail perguntando se estamos bem. E um belo dia bate na porta com umazinha qualquer, chorando miséria e pedindo ajuda. - A casa é grande. Tem lugar. - Nem um telegrama. Não lembrou de aniversário. Natal. Nada. Mas quando precisa aparece na porta dos velhos. Não é justo, Júlio. - O quintal, Ana. A gente pode enterrar o cadáver da moça no quintal. |