SETE
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Kátia Rodrigues
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... de março de 2004. Um dia normal, comum. A diferença ficava na estrada que se estendia à frente levando-a por uns poucos dias ou mais. Não esperava que ele a levasse ali, e sua presença não lhe pareceu significar nada demais. Amava-o, sabia disso. Percorreu-lhe o rosto tentando descobrir algo escondido. Não se atrevia a pensar no quê. Despediram-se. Pediu-lhe que se demorasse fosse até lá vê-la. Ele falou que sim. Abraçou-a num abraço frouxo, desencaixado. Algo tinha acontecido. Do beijo ganho não sentiu o gosto, nem ao menos o guardou. Sentada olhou pela janela e descobriu que ele já tinha ido, apressado. Fechou os olhos e teve certeza do fim. As luzes apagadas e o movimento lhe diziam que começava uma longa viagem. |
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