PRESEPE
Luciano Tadeu de Almeida
 
 

Explode a esperança gratuita
Em mil pedaços incolores.
Mercadorias consumíveis
Não consumidas
Se espalham pelo comércio.

Um bêbado poliope
Se equilibra no meio-fio.

Um aleijado taciturno
Atravessa a rua.

Em algum lugar
um cão late sem cessar.

 
 

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