Entre mil quebrados, entre os mais diversos alucinados está os meus eus encalacrados.

Desapropriações do meu modo de ser quando o amor por ti me invadia dianhamente.

Eram sonhos libertos dos meus eus com a finalidade de alcançar o sentir o que não era para sentir.

Maldito sentir!

Se alcancei não sei.

Não recebi com antecedência o aviso de sua chegada.

Agora não sei.

Agora a dúvida me azucrina.

Dia e noite a peregrina vida Severina me anuncia o que será a minha triste sina.

Então, quem sabe, serei um dia contemplado com o azul sublime dos seus olhos de felicidade.

Até lá, essa estranha saudade de ser eu mesmo o próprio ser à procura do meu eu perdido por inteiro, me arrastará as infinitas trilhas do desassossego de me saber eu.

(Crônica inspirada no poema "desapropriam-me de meus eus", da poeta Eliane Malpighi, postado no Domingo, dia 22.8.1999, às 00:43.)