Tanto
coisa me parece estranha...
O frenesi de pernas que perambulam as ruas
Às vezes com destino certo
Outras perdidas, sem rumo, sem eira nem beira.
Estranho são os dias que começam nas horas do relógio
E que cobram pontualidade,
Tantos compromissos, tantas responsabilidades.
Estranho também são os sonhos de muita gente...
Tem gente que sonha pequeno
Outras além da realização.
E mesmo assim sonham!
Estranha é como me sinto nestes tempos
Um gosto amargo na boca
Sensação de vazio imenso
Procurando um caminho menos doloroso.
Ás vezes viver dói muito...
Estranha é a saudade que sinto
Cobrando a todo instante
Saudade demente, sem sentido
Daquilo que tenho por certo
Saudade daquela que fui
Saudade insistente, cortante
Presente agora, a todo instante
Saudade de mim.
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