PARA SEMPRE
Eraldo da Silva
 
 

No silêncio da noite, estrelas me diziam adeus, fechei os olhos e me deitei na cama azul do tempo.
O suave bafejar do vento nos meus cabelos,me trazia recordações de tempos vividos.
Minha alma envolta em brumas, sofria a dor dos mortais, morria de amor.

A voz rouca da morte, me dizia que dormiria o sono eterno e sossegado,
na escuridão do túmulo por mim cavado, gelava as mãos, o coração.
Ouvi ainda num sussurro a tua voz, via por uma fresta o teu rosto.

Aos poucos a cortina da minha vida foi se fechando, como um não querer.
Lentamente vi apagar-se a luz que conduziu por muitos anos o meu viver.
Senti os tremores do derradeiro suspiro, a respiração parou, acabou.

 
 

fale com o autor