SEI LÁ |
Waldyr Argento Júnior
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Estranha saudade essa que eu sinto de você. Saudade que muitas vezes machuca. Saudade que outras tantas me faz renascer. Já tentei afogar esse sentimento em copos fartos de cerveja, muito embora na maioria das vezes você nem me veja. Outro dia me convenci de que não passava de um vício, tipo aposta em cavalo, tipo bingo, roleta de cassino, é como torcer pro Flamengo: Ligar a TV e nunca assistir o meu time vencer. Sei lá, talvez a vida sempre tenha razão como na canção. Outras belas passam por mim, tão lindas morenas e louras sem fim. Ligação de antiga paixão, outro senão. Mas, você? Finge não me ver. Fiz poesia finalista, canções entre as dez mais da lista. Investi no amor, mas colhi paixão, e fiquei sozinho... Tudo bem, não ligo! Ou, finjo que não... Estranha saudade essa que sinto de você. Ontem não lhe vi aqui no trabalho. Fiquei louco pra ligar, mas tive medo de invadir sua privacidade, sabe como é né? Provavelmente não! Bom, também acho que talvez, seja muito exigir algo de você. Acredito que deva ser somente como na canção: "São demais os perigos dessa vida..." E você, duvida? Desculpe os erros do meu português ruim. Mas, embora você não saiba, ou finja não saber, deixa prá lá... Só queria dizer que não consigo lhe esquecer. Estranha saudade essa que sinto de você. Saudade do seu sorriso, saudade da sua boca, saudade do seu não. Caramba, tenho saudade até disso? Porra, tô fodido! Estranha saudade... No copo mais uma dose de "Bala 12". No coração? Só essa estranha saudade... "Como
posso ter saudade do que nunca tive? Paro
e lhe vejo passar do meu lado Queria
ser um anjo, um ser alado Saudade?
Saudade! Existe? |