CRÔNICA NÚMERO 9
Osvaldo Pastorelli
 
 

O sol bate firme depois das chuvas. Rebrilha forte e gostoso sob o agitado mundo de coisas boas e interessantes. Uns no dia a dia rotineiro. Outros no cumprimento passageiros. Uns se dirigem para a esquerda. Outros para trás. Uns sobem a psicológica escada da existência. Outros na tentativa do ir além se perdem em caminhos longos e tortuosos sem retorno. Se digladiam na loucura sublime para cumprir o papel na sociedade, cujo destino foi criado pelo carma ao nascer.

E eu? Estou apenas cumprindo meu carma? Nestas horas paradas e nada mais? Será que devaneio na loucura sublime em caminhos longos e tortuosos? Será que é para eu estar aqui no tribunal à espera de ser chamado e decidir o destino de uma pessoa que não conheço? Que nunca vi? E que nunca mais o verei?

Não sei. Apenas sei que cumpro regra dos homens que não sabem viver sem elas. Regras chamadas de leis, e que devem ser cumpridas para a beleza da ordem, da beleza e da paz.

 
 

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