MANIA MALUCA
Waldyr Argento Júnior
 

Tinha uma mania maluca, tinha uma mania de pensar que você gostava de mim. Pensava que era o rei do pedaço. Aliás, pensava que não havia pedaço pra você sem mim. Seriam meus dotes de composição? Seriam meus olhos castanhos da cor do chão? Seria meu amor por você que me fazia rastejar por este mesmo chão? Não sei...

Parecia na verdade uma mania maluca de sofrer, tipo aquela canção famosa: "Dizem que sou louco, por eu ter um gosto assim... Gostar de quem não gosta de mim..."

Mas, a segunda parte é verdade: "Jogue suas mãos para o céu e agradeça se acaso puder, alguém que você gostaria que estivesse sempre com você, na rua, na chuva, na fazenda..."

Aquela menininha loira nem sabe como, mas eu gostaria que ela estivesse comigo, na chuva, sem fazenda, sem casinha, sem nada... Somente ela!

Ah, mania de amar quem não me ama! Doce loucura, doce felicidade, doce vida...

Lá, onde não existe nada... É onde espero um dia lhe encontrar! Desde que seja sem compromisso, sem devaneios, sem esperar nada e o tudo receber... Ou seja, o seu olhar, o seu sorriso. Afinal, o que poderia ser mais lindo que isso?

"Vai minha tristeza e diz pra ela que sem ela não pode ser..."
"Se ela soubesse como é lindo se morrer de amor!"
"Foi assim como ver o mar..."
"Tristeza não tem fim"

E a canção principal e que mais me dói: "Insiste em zero a zero e eu quero um a um", a nata, a massa, a brasa de mãos e amores se abraçando e se encontrando. Mania de amor e como na canção da Rita Lee:

"Mania de você..."

 
 

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