DESILUSÃO
Carlos Bruni
 
 

A mesa está arrumada com esmero. Os pratos de porcelana estão ladeados pelos talheres de prata cuidadosamente alinhados e os guardanapos de linho aguardam com suas dobras disciplinadas. O champanhe repousa no balde em meio ao gelo quase todo derretido e no centro da mesa o castiçal suporta a vela ainda não acesa.

Na toalha impecavelmente branca, a mancha de uma lágrima.

 
 

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