Hei de morrer inocente assim como nasci
Nos poemas guardarei meus segredos
Bem escondidos, a sete chaves.
Serei tudo o que quiser ser:
Flor, beija-flor, bicho, planta,
Serei amor, ódio, beleza ou não...
Serei anos de espera, verso, prosa.
Rabiscarei pensamentos nas nuvens
Serei noite, serei dia....
Serei eu, você, nós...
Quero ser um poema sem rimas
Com palavras soltas, presas somente a mim.
Quero ser um mapa com novas rotas
Um caminho aberto para peitos sem trancas.
Onde bate um coração sem portas.
Amarei além das fronteiras da vida.
Que o que sinto de mais puro
Seja guardado para quem merecer
Que a minha inocência sirva-te como um balsamo
Um troféu, um passaporte...
Talvez para o céu, talvez para o inferno.