Procuro
pelo fruto proibido
Por entre as folhas e os galhos da árvore...
Não, não é maça.
Não, não trata-se do primeiro fruto proibido
E sim das miúdas jabuticabas.
Talvez
quebre o pescoço desta vez
Ao invés da perna.
Talvez meus olhos tenham me traído,
Mais um vez ou não seja época da fruta.
Mas
nunca resisto!
Sempre torno a velha jabuticabeira
Do fundo do quintal de casa...
Foi
ali que demos nosso primeiro
Beijo!
No tronco ainda se vê e creio que para sempre
Se verá, dois nomes envoltos num coração e
Inscritos com muita força pelas minhas pequenas
Mãos de moleque á golpes de canivete!!
Tantos
anos depois resta-me só lembranças...
Alguma poesia triste e a esperança de que naqueles
Galhos possa colher um ou outro fruto!
Cuja a cor lembra-me teus olhos e o gosto o doce
Daquele beijo...
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