MEIA LUZ, SOLIDÃO INTEIRA
E UM QUARTO DE VODKA
Karen Caroline Costa
 
 

Algumas pessoas não possuem percepção ou como alguns chamam, bom senso , sociabilidade,seja lá o que for, o que posso adiantar é que Ana Luiza procurou seu momento, achou e perdeu.

Depois de perder um namorado estúpido e ciumento, rezou para parar de sofrer, deu certo.A alma de Stella sua irmã mais velha com quem sempre conversava lhe dissera para aguardar que o rapaz certo já estava por vir.

Amores Contemporâneos, era o nome do site carioca que Ana sempre entrava para tentar arranjar um novo e eterno amor, não tão eterno assim, pois era adepta do clichê "Que seja eterno enquanto dure", e foi nele que localizou Daniel com quem marcou um encontro.

Escada no escuro, mesa à meia luz, escada, carro, escada, sofá á meia luz, banheiro , porta e para ele mais escada posso descrever assim o encontro com Daniel.

Dias depois Ana perguntava à alma de Stella "onde ele estará?, eu ligo, entro no site e nada".

Depois de um dia cansativo e um quarto de vodka, Ana embreagada atravessara a rua correndo achando estar de mãos dadas com Stella quando o pior acontece, um automóvel a atropela.

No enterro, Daniel chorava muito, esse foi o grande reencontro dos dois ele a atropelara, e por isso lá estava o garanhão desta vez com Suzana para o esquema Escada no escuro, mesa à meia luz, escada, carro, escada, sofá á meia luz, banheiro , porta e para ele mais escada, e no caso da moça tradicionalmente um quarto de vodka e a meia luz antes da dádiva da morte que sucede a crueldade da vida.

Daniel desta vez é que experimentara a meia luz, a solidão inteira e um quarto de vodka, Suzana era Stella encarnada.

Ana Luiza vingada, mas sozinha à meia luz no caixão.

 
 

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