MEUS ERROS
Waldyr Argento Júnior
 

Confesso que errei. Não devia ter me apaixonado pela pessoa errada. Após muitos porres e muitas canções escritas e outras tantas jogadas no lixo. Eu me vi ali no próprio limbo... É verdade que surgiram muitas poesias e prosas de qualidade nesta fase triste. E muito do meu eu foi exposto no "Museu da dor onipresente" e do ser incompetente, mas de que vale a vida sem paixão? É melhor assim, bem melhor... Poder refletir sobre o passado e desafogar no presente para um futuro menos sombrio. Na minha mesa deixei uma carta-confissão poética para quem quiser lê-la, se é que alguém irá se interessar:

"Aqui jaz um poeta triste!
Morreu de paixão
Mas, ressurgiu qual fênix
E não quer perdão...

Tem LUZ própria,
Tem dor, tem medos.
tem rancor, segredos.
Viveu uma doce paixão...

Perdeu-se na desilusão.
Falso amor em degredo.
Falsa flor, desespero...
Expulso do coração.

Aqui jaz um poeta torto!
Foi dor, teve medos,
teve rancor, segredos,
canções, desespero
Tentado voltar para razão...

Aqui jaz um poeta triste!
Aqui jaz um poeta torto!
Aqui renasce um poeta livre,
pronto para uma nova paixão!"

 
 

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