LUPA
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Floresta devastadoramente verde, pequenas formações cobrindo a superfície ampla e putrefeita da fruta, que jazia escorrendo líquidos na cesta de vime. Mariana olhava fixamente com o instrumento de observação, Paulo apenas olhava sua curiosidade. Boquiaberto. Naqueles momentos em que você fixa o olhar em algo, mas está na verdade muito além. Flocos como nuvens, pensamentos de morte, morte na fruteira, Paulo não estava lá, Mariana estava entre os fungos brotados na fruta da fruteira. Sob o tapetinho, os monstros da inconsciência e a realidade que não poderia existir enquanto eles considerassem o mundo como o mundo espreitavam ávidos pela liberdade, o momento em que lhes pegariam pelo pé. |