ANISTI-AMAME-NOS
Marco Britto
Na Vila Ouro Verde
sempre fora assim: Betus que amava Day Zinha que amava Alfredo que se comprazia
em ser amado por Virgênia, por Mariinha, por Miluca... Alfredo que,
por sua vez, amava a todas e a nenhuma em particular, não por cafajestagem,
deixo bem claro, mas por não saber a quem amar!
E tinha o Cyr Andus, companheiro de Emi Linha. Não imaginava este que
aquela - por seu lado - nutria secreta e saudável paixão (pois
toda paixão é saudável mesmo que digam não!) por
Sargentus que de tudo sabia, assim como todos sabiam de todos (menos de si
próprios, e aí é que morava o segredo de felicidade de
Vila Ouro Verde).
E ainda havia Malena que era amada por todos e por todas incluindo até
aqueles que, se diferenciando dos outros, andavam sempre juntos, muito mais
juntos que todos os que andavam juntos. A estes inseparáveis - Irvana
e Lu de La Moura - conhecidos por Ed Campo Lina e por muitos, coube a administração
de tão famosa vila.
Por conta deste mar de graças em que todos viviam, veio a acontecer
uma grandessíssima festa numa brilhante noite de fim de ano. O motivo
da festança foi a publicação (pela quinta vez) de textos
extraídos dos diários nutridos por lindas histórias,
de vida e de imaginação, dos pacatos viventes de tão
ditosa vila.
Por não ter podido comparecer a tão esplêndido encontro.
Por estar distante de pessoas tão lindas e importantes em sua vida
como a Vi Lela, a In Quieta, a Ly e a tantas e tantas outras, aproveitou Mar
para, sorrateiramente, enfiar seu tardio texto nas bolsas de todos (e particularmente
na bolsa de Irvana) a fim de, pretensiosamente, continuar ocupando seu humilde
lugar em tão linda vila.
Termina desta forma este breve exercício com uma Suave Brisa soprando
e anistiando o escritor da terrível falta em não citar os nomes
de todos os responsáveis pela vida da Vila Ouro Verde.
Ponto final.
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