MAGRO REBENTO
Cléo Siqueira

Aceitei a culpa como quem vislumbra a ausência...

Nasceu um rebento miúdo de finas garras.

Instalou-se em meu cérebro celeiro.

Seccionou minhas lembranças felizes.

Tiranizou a esperança agasalhada.

Ironizou a história construída.

Até que, sorrindo languidamente, entregou-me a possibilidade do perdão.


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