ANJO DA MORTE: UM MAL NECESSÁRIO
Bruno Lacerda


Um anjo, pálido, sem alegria,
Um anjo, sempre coberto por véu,
Leva, pro inferno, purgatório ou Céu,
Seres que já não têm mais energia.


Este anjo tem que agüentar zombaria,
De companheiros, que se acham “mel”,
E dizem que ele é amargo como fel;
Este anjo anseia por sua “anistia”.


Ter o seu trabalho reconhecido,
Prum anjo que só traz o anoitecer,
É um prêmio, mas é mais que merecido!


Você pode não gostar, não querer,
Mas ele deve ser compreendido:
O anjo merece seu amanhecer!

 

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