CRISES CRETINAS
Tatiana Alves
Crises... Crases... Concretos conflitos do conhecimento que comprimem e constrangem as cândidas cobaias que porventura cruzem o caminho.
Crises... Infiéis cruzadas delineadas ao crepúsculo... Crimes capitais da Criação cometidos em nome de cruzes e credos... Cravos que se enterram na Carne, e crocitam, como corvos, nos montes do nunca mais.
Crises... Crateras que se deixam avistar, ainda na lua crescente... Na Cheia crepitam, candeias chorosas que consomem os anseios dos carentes.
Crises... Cruéis cavidades e confluências , compressas que aliviam as chamas e choros.
Crises... Celestial conforto dos crédulos que conduzem a cantilena e crêem que serão consolados.
Crises... Côdeas contadas atiradas aos cães... Cascalhos multicores que se consomem e consumam sabendo-se ouro de tolos.
Crises... Carnavais e cantigas, ciúmes e sevícias, críticas e carícias.
Crises... Cocaínas, cracks e comprimidos, capítulos à parte nos contos-sem-fadas.
Crises... Cretina angústia de existir...
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